Relações Internacionais: Organismos e Fóruns Internacionais
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Relações Internacionais: Organismos e Fóruns Internacionais
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Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (AIAMP)
Fundada no Brasil, em 1954, como Associação Interamericana de Ministérios Públicos, passou a designar-se Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos aquando da incorporação de Espanha e de Portugal..
Tem como objetivos essenciais estreitar os vínculos de cooperação, solidariedade e enriquecimento profissional recíprocos entre os seus membros, promover o estabelecimento de estratégias comuns para enfrentar os problemas fundamentais colocados aos Ministérios Públicos - especialmente os relativos à luta contra o crime organizado (tráfico de estupefacientes, terrorismo e tráfico de pessoas) e ao tratamento e proteção das vítimas e testemunhas - e facilitar os vínculos e a comunicação com os Ministérios Públicos que não sejam membros da Associação.
Integram a AIAMP 22 Ministérios Públicos ibero-americanos: Andorra, Argentina; Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
A AIAMP rege-se pelos Estatutos aprovados em outubro de 2016, na XXIV Assembleia-Geral realizada em Lisboa.
Conjuntamente com a Conferência de Ministros da Justiça dos Países Ibero-Americanos (COMJIB) e a Conferência Judicial Ibero-Americana esteve na base da criação da IberRed - Rede Ibero-Americana de Cooperação Jurídica Internacional, estrutura orientada para a otimização dos instrumentos de assistência judiciária em matéria civil e penal e para o reforço dos laços de cooperação entre os países que compõem a Comunidade Ibero-Americana das Nações.
Assembleias-Gerais
Tabela XXIX (Cartagena de Índias, Colômbia, 28 e 29 de julho 2022) — Conclusões XXVIII (Santiago de Chile, virtual, 4 e 5 de novembro 2020) — Início | Conclusões XXVII (Assunção, Paraguai, 7 e 8 de novembro 2019) — Início | Conclusões XXVI (Cidade do México, 6 e 7 setembro 2018) — Início | Ata | Conclusões XXV (Buenos Aires, 15 e 16 de novembro 2017) — Início | Reeleição da PGR para a Vice-presidência | Intervenção da PGR | Ata XXIV (Lisboa, 10 e 11 de outubro 2016) — Ata Revista AIAMP
— 3.ª revista AIAMP – Período 2020-2022
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Conselho Consultivo de Procuradores Europeus (CCPE)
Em resultado das reuniões realizadas em Estrasburgo (2000) e em Bucareste (2001), os Procuradores-Gerais da Europa acordaram em criar, no seio do Conselho da Europa, uma Conferência de Procuradores-Gerais Europeus.
Em 5 de setembro de 2001, o Comité de Ministros do Conselho da Europa, acolhendo a iniciativa com interesse, autorizou o Secretariado a reunir o Gabinete de Coordenação da Conferência.
Considerando o papel essencial do Ministério Público no sistema de justiça penal e a importante contribuição dos seus magistrados no domínio da cooperação judiciária internacional, em julho de 2005, o Comité de Ministros decidiu institucionalizar a Conferência de Procuradores-Gerais com a criação do Conselho Consultivo de Procuradores Europeus.
Ao institucionalizar este órgão consultivo, o Comité de Ministros reconheceu a necessidade de envolver nos seus trabalhos os Ministérios Públicos/MP dos Estados membros do Conselho da Europa, com vista à promoção de princípios comuns nas leis desses Estados, bem como ao desenvolvimento de sistemas e práticas igualmente comuns no âmbito do combate à criminalidade.
O CCPE tem por missão emitir pareceres relativos ao funcionamento dos serviços do MP, promover a implementação da Recomendação (2000)19, sobre o papel do MP no sistema de justiça penal e recolher informações sobre o funcionamento dos serviços do MP na Europa.
Cabe-lhe também prosseguir a organização das Conferências de Procuradores-Gerais Europeus, sobre temas de interesse comum aos MP membros.
Pareceres adotadosParecer N.º 1 (2007) sobre “Formas de melhorar a cooperação internacional no domínio da justiça penal”: Inglês | Francês
Parecer N.º 2 (2008) sobre "Alternativas à acusação ": Inglês | Francês
Parecer N.º 3 (2008) sobre o "Papel do Ministério Público fora do domínio do direito penal”: Inglês | Francês
Parecer N.º 4 (2009) sobre as “Relações entre juízes e procuradores numa sociedade democrática”: Português | Inglês | Francês
Parecer N.º 5 (2010) sobre o “Papel do Ministério Público na justiça de jovens”: Inglês | Francês
Parecer N.º 6 (2011) sobre a "Relação entre os procuradores e a administração prisional”: Inglês | Francês
Parecer N.º 7 (2012) sobre a “Gestão dos meios do Ministério Público”: Inglês | Francês
Parecer N.º 8 (2013) sobre as “Relações entre os procuradores e a comunicação social”: Inglês | Francês
Parecer N.º 9 (2014) sobre as "Normas e princípios europeus relativos aos procuradores”: Inglês | Francês
Parecer N.º 10 (2015) sobre o “Papel dos procuradores nas investigações criminais”: Inglês | Francês
Parecer N.º 11 (2016) sobre a qualidade e eficácia do trabalho dos procuradores, nomeadamente na luta contra o terrorismo e a criminalidade grave e organizada: Inglês | Francês
Parecer N.º 12 (2017) sobre o papel dos procuradores em relação aos direitos das vítimas e testemunhas em processo penal: Inglês | Francês
Parecer N.º 13 (2018): Independência, responsabilização e ética dos procuradores: Inglês | Francês
Parecer n.º 14 (2019): O papel dos procuradores no combate à corrupção e ao crime económico e financeiro conexo: Inglês | Francês
Parecer n. 15 (2020): O papel dos procuradores em situações de emergência, em particular perante uma pandemia: Inglês | Francês
Parecer n. 16 (2021): Implicações das decisões de tribunais internacionais e órgãos de tratados no que diz respeito à independência prática dos procuradores: Inglês | Francês
Parecer n. 17 (2022): Papel dos procuradores na proteção do ambiente: Inglês | Francês
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Conselho Consultivo de Procuradores-Gerais dos Estados Membros da União Europeia
O Conselho Consultivo de Procuradores-Gerais e Diretores de Ministérios Públicos dos Estados Membros da União Europeia foi estabelecido em 2010, no quadro da Eurojust, órgão da União Europeia/UE com vista ao reforço da luta contra as formas graves de criminalidade organizada.
Tem por objetivos principais:
— ser um fórum de partilha de experiências e boas práticas na investigação e perseguição da criminalidade grave e organizada, bem como em matéria de cooperação judiciária em matéria penal e de utilização de instrumentos que aplicam o princípio do reconhecimento mútuo
— a discussão de iniciativas legislativas e políticas relevantes da UE, a avaliação do seu impacto na atividade desenvolvida pelo Ministério Público e a formulação de conclusões comuns que devam ser remetidas às competentes instituições comunitárias, para consideração
— contribuir ativamente para o desenvolvimento e implementação da Estratégia de Segurança Interna da EU
Na prossecução dos seus objetivos, e em resultado das diversas reuniões realizadas, o Conselho Consultivo tem discutido e formulado conclusões sobre assuntos da maior relevância para os Ministérios Públicos, que foram acolhidas em diversos documentos do Conselho da União Europeia, tais como a luta contra a corrupção e os crimes lesivos dos interesses financeiros da UE, a Decisão Europeia de Investigação em matéria penal, a Diretiva sobre acesso a advogado em processo penal, a cooperação judiciária em matéria de confisco e perda de bens, os direitos das vítimas, a criação de um Ministério Público Europeu e o futuro da Eurojust.
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Encontro de Procuradores-Gerais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
Alicerçado na existência de laços especiais entre os 7 países de língua oficial portuguesa, quer de um ponto de vista histórico, quer no respeitante à similitude de legislações e à verificação de problemáticas comuns, sob os auspícios e a iniciativa do Procurador-Geral da República de Portugal, em 1989 teve lugar em Lisboa o I Encontro de Procuradores-Gerais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, cujos objetivos se centraram no aprofundamento da cooperação e do relacionamento entre as Procuradorias-Gerais da República, com vista à troca de experiências, à discussão e ao debate de temas jurídicos comuns e dos respectivos sistemas de justiça, ao estabelecimento de mecanismos e à criação de instrumentos jurídicos de resolução de questões, designadamente na área do Ministério Público e da administração da justiça.
No V Encontro (Luanda, 1999), foi decidido criar um Secretariado Permanente para organização e acompanhamento dos Encontros e afirmou-se o desejo de que no Encontro seguinte se pudesse contar com a presença de representação de Timor-Leste, o que veio a ocorrer no VII Encontro (Lisboa, 2002), em que esteve presente o Procurador-Geral da República daquele país, então com o estatuto de observador.
No IX Encontro (Brasília, 2011), foi aprovado o Regulamento interno do Encontro, surgindo este definido como um fórum privilegiado de discussão e partilha de experiências com vista ao aprofundamento das relações institucionais e da cooperação jurídica entre os membros da CPLP.
O XI Encontro (Luanda, 2013) regista a aprovação de um Memorando de Entendimento entre as Procuradorias-Gerais da República da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
DOCUMENTAÇÃO:
— XVII Encontro (5 e 6 de junho de 2019, Maputo)
Programa
Declaração de Maputo
Ata— XVI Encontro (24 e 25 de novembro de 2018, Brasília)
Programa
Declaração conjunta de Brasília)
Ata— XV Encontro (25 de outubro de 2017, Dili)
Programa
Declaração de Dili
Ata
Alteração do Memorando de entendimento entre as Procuradorias-Gerais da República— XIV Encontro (13 e 14 de outubro de 2016, Lisboa)
Programa
Declaração de Lisboa
Declaração conjunta de Lisboa
Ata— XIII Encontro (13 a 16 de Julho de 2015, na Cidade da Praia)
Programa
Declaração da Praia
Monografia— XII Encontro (10 de dezembro de 2014, Brasília)
Programa
Declaração contra a Corrupção
Síntese— XI Encontro: "Reforço da Cooperação Judiciária entre as Procuradorias-Gerais da CPLP" (8 a 12 de julho de 2013, Luanda)
Memorando de entendimento entre as Procuradorias-Gerais da República
Declaração de Luanda— X Encontro: "As Procuradorias-Gerais como Autoridades Centrais para a Convenção sobre o Auxílio Judiciário em Matéria Penal" (5 e 6 de setembro de 2012, São Tomé)
— IX Encontro (27 de maio de 2011, Brasília)
Ata
Declaração de Brasília
Regimento Interno do Encontro— VIII Encontro: "O papel do Ministério Público num Estado de Direito Democrático" (19 a 22 de junho de 2006, Maputo)
— VII Encontro (22 e 24 de abril de 2002, Lisboa)
Nota para a comunicação social
Ata final— VI Encontro: "O Ministério Público e a defesa dos direitos constitucionais dos cidadãos" (22 a 24 de novembro de 2000, São Tomé)
— V Encontro: "O Ministério Público: Órgão do Poder Judicial ou do Executivo?" (18 a 21 de outubro de 1999, Luanda)
Nota para a comunicação social
Ata final
Conclusões
Declaração de Luanda— IV Encontro (9 e 12 de setembro de 1998, Praia)
— III Encontro: "A Procuradoria-Geral da República como Órgão de Defesa da Legalidade Democrática" (23 a 29 de setembro de 1997, Maputo)
— II Encontro (20 a 22 de novembro de 1995, Bissau)
— I Encontro (12 a 15 de abril de 1989, Lisboa)
PROTOCOLOS:
— Memorando de entendimento com a Procuradoria-Geral da República de Moçambique
— Acordo de cooperação com a Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde
— Acordo de cooperação com a Procuradoria-Geral da República de São Tomé e Príncipe
— Acordo de cooperação com a Procuradoria-Geral da República de Angola
— Memorando de cooperação com a Procuradoria-Geral da República Federativa do Brasil
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European Partners against Corruption (EPAC)
Constituída em 2001, a European Partners against Corruption (EPAC) funciona como uma rede informal que atualmente reúne mais de 60 órgãos de fiscalização de polícia e autoridades anticorrupção de países pertencentes ao Conselho da Europa.
Em paralelo com esta, funciona uma rede formal de pontos de contacto, a European contact-point network against corruption (EACN), instituída por decisão do Conselho Europeu de 2008.
Em conjunto, estas redes constituem fóruns de partilha de informação e experiência e plataformas de cooperação transnacional com vista ao desenvolvimento de estratégias e boas práticas comuns e de elevados padrões profissionais.
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Rede de Procuradores-Gerais junto dos Supremos Tribunais da União Europeia
Constituída em 2009, tem por finalidade fortalecer a cooperação e promover a troca de experiências entre os Procuradores-Gerais junto dos Supremos Tribunais dos países da União Europeia.
Em regra, as suas reuniões ocorrem em simultâneo com as Conferências levadas a cabo pela Rede de Presidentes dos Supremos Tribunais da União Europeia, associação criada em 2004, com o apoio da Comissão Europeia, e que funciona como um fórum de discussão de questões de interesse comum e de partilha de experiências, por cujo intermédio as instituições europeias têm a oportunidade de solicitar as opiniões desses Supremos Tribunais.
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